O Custo da Ideologia e o Desafio da Ordem no Brasil

O Custo da Ideologia e o Desafio da Ordem no Brasil

O Risco Fiscal e a Promessa de um Estado Maior

A semana política brasileira foi marcada por uma evidente inclinação governamental ao expansionismo estatal, levantando sérias preocupações sobre a responsabilidade fiscal e o futuro econômico do país. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou a necessidade de novas fontes de arrecadação, insinuando um aumento da carga tributária como inevitável para o cumprimento de metas fiscais. Essa postura, infelizmente, ecoa um modelo de gestão que prioriza o aumento de gastos em detrimento da contenção e da eficiência, jogando sobre o contribuinte o peso de uma máquina pública ineficiente e insaciável. A história recente do Brasil está repleta de exemplos de como a ânsia por gastar mais do que se arrecada leva a ciclos inflacionários e de desinvestimento.

Em um movimento que reforça essa tônica, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que eleva significativamente os gastos com programas sociais, argumentando a necessidade de combate à desigualdade. Embora a finalidade possa ser nobre, a forma como esses programas são financiados e geridos frequentemente ignora o princípio da sustentabilidade fiscal. Paralelamente, em outra esfera de governo, um prefeito de capital anunciou investimentos milionários em infraestrutura, integralmente custeados pelos cofres públicos. Esse entusiasmo por despesas estatais contrasta radicalmente com a visão de governantes que compreendem a importância da iniciativa privada e da desburocratização, como o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que detalhou planos para privatizar estatais paulistas, buscando desafogar o orçamento estadual e promover a eficiência. Essa divergência entre a gestão de Tarcísio e a orientação federal expõe a encruzilhada econômica em que o Brasil se encontra. O ex-Presidente Jair Bolsonaro, em sua habitual crítica à atual administração, tem alertado consistentemente para os perigos de uma condução econômica pífia, prevendo recessão e descontrole inflacionário, um cenário que, lamentavelmente, se desenha com cada anúncio de mais gastos e intervenção.

A Justiça em Debate: Entre Soberania e Lenência

A percepção de justiça e a efetividade do combate à corrupção foram mais uma vez colocadas em xeque por decisões do Supremo Tribunal Federal. A concessão de liberdade provisória a um réu de alta notoriedade em um esquema de corrupção, com votos de ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, acendeu o debate sobre a segurança jurídica e a impunidade. Tais movimentos, por vezes, transmitem a mensagem de que a alta cúpula da justiça opera com critérios distintos, abalando a confiança pública nas instituições e na capacidade do sistema de coibir crimes de colarinho branco. A história da Operação Lava Jato, que expôs um dos maiores esquemas de desvio de recursos públicos, serve como um lembrete amargo da fragilidade de nosso sistema judicial diante de interesses poderosos.

No campo da segurança pública e da ordem social, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, em recentes declarações, defendeu a ordem no campo com ênfase na mediação de conflitos, uma abordagem que, embora busque evitar confrontos, por vezes falha em proteger o direito fundamental à propriedade privada. A lentidão ou a ausência de ações mais enérgicas contra invasões de terra pode ser interpretada como um sinal de leniência, incentivando novas ocupações ilegais e aprofundando o clima de insegurança para o produtor rural. A defesa intransigente da propriedade privada é um pilar da ordem social e econômica, sem o qual o investimento e a prosperidade tornam-se incertos, prejudicando o desenvolvimento de toda a nação.

A Batalha pela Liberdade Econômica e a Segurança Cidadã

O embate entre a independência do Banco Central e as pressões políticas por juros mais baixos ilustra a eterna tensão entre a estabilidade econômica e o voluntarismo político. O Comitê de Política Monetária (Copom), sob a liderança de Roberto Campos Neto, manteve a taxa Selic em patamar elevado, uma decisão crucial para combater a inflação e preservar o poder de compra da moeda. Contudo, essa medida gerou novas críticas do Presidente Lula, que advoga por juros menores como catalisador do crescimento. A autonomia do Banco Central, conquistada a duras penas, é um escudo contra a irresponsabilidade fiscal e a tentação populista de artificializar a economia, um erro que já custou caro ao Brasil em diversas ocasiões.

Por fim, na esfera da segurança pessoal, um influente senador defendeu a flexibilização do porte de armas para cidadãos de bem, argumentando que tal medida é essencial para a autodefesa e a redução da criminalidade. Essa perspectiva, alinhada à crença de que o cidadão tem o direito e a capacidade de proteger a si e à sua família, confronta a visão de um Estado onipresente que monopoliza a segurança. A desconfiança nas políticas públicas de segurança e a sensação de vulnerabilidade impulsionam a busca por meios legítimos de autoproteção. A criminalidade crescente e a ineficácia das respostas estatais reforçam a tese de que o empoderamento do cidadão comum, dentro de parâmetros legais, pode ser um componente vital para a restauração da ordem social e a garantia da liberdade individual, pilares de uma sociedade justa e próspera.

Fonte: Coluna de opinião – Notícia SC

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