O Preço da Indulgência: Entre Gastos Públicos e a Batalha pela Ordem
A Escalada do Gasto e a Ilusão do Crescimento
A semana política foi marcada por anúncios que reacendem velhas preocupações sobre a saúde fiscal do país e a direção de nossa economia. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de seu Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou novas iniciativas que, embora embaladas em retórica de desenvolvimento social, sinalizam uma perigosa expansão dos gastos públicos. A promessa de reajustes para servidores e a sinalização de novos investimentos estatais, sem um claro contraponto de cortes ou eficiência, parecem ignorar as lições de ciclos passados onde a prodigalidade estatal resultou em inflação e estagnação. A manutenção da máquina pública, inchada e muitas vezes ineficiente, sacrifica o ímpeto da iniciativa privada, que é o verdadeiro motor da geração de riqueza e empregos.
Historicamente, governos que optaram por priorizar o gasto público como alavanca de crescimento acabaram por endividar o Estado e onerar o contribuinte. A insistência do Presidente Lula e do Ministro Haddad em medidas que ampliam o déficit fiscal, com pouca clareza sobre como equilibrar as contas, gera apreensão. O discurso de que o “povo precisa” é sedutor, mas a conta dessa generosidade é sempre paga por uma população que, em última instância, vê seu poder de compra corroído pela inflação e pelo aumento da carga tributária. A valorização da responsabilidade fiscal não é apenas uma abstração econômica, mas um pilar para a estabilidade e previsibilidade que o mercado e o cidadão comum tanto necessitam para planejar o futuro.
Ativismo Judicial e o Cerceamento da Expressão
Em outro front, a atuação do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segue gerando intensos debates sobre os limites do Poder Judiciário e a liberdade de expressão. Sua recente decisão de suspender contas de influenciadores digitais, sob a justificativa de combate à desinformação, levanta sérias questões sobre o devido processo legal e a competência de um ministro de corte superior em mediar o debate público. Embora a defesa da ordem social seja um objetivo louvável, a maneira como essas medidas são implementadas parece ultrapassar a função de guardião da Constituição, invadindo esferas que tradicionalmente pertencem à legislação e à polícia judiciária.
A interferência do Judiciário em temas que deveriam ser debatidos democraticamente no Congresso ou, em última instância, pela própria sociedade, mina a separação dos Poderes, um alicerce fundamental da democracia. Quando um juiz assume o papel de censor, mesmo que com as melhores das intenções, abre-se um perigoso precedente para o cerceamento de opiniões divergentes e para a concentração de poder. A livre circulação de ideias, por mais incômodas que algumas possam ser, é um pilar da vitalidade democrática, e o combate à desinformação deve ser feito com transparência, com a legislação adequada e não por meio de decisões monocráticas que parecem atropelar princípios basilares do direito e da convivência social.
O Contraste da Responsabilidade e do Livre Mercado
Em um sopro de otimismo para quem defende a gestão eficiente e o livre mercado, o Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresentou uma robusta agenda de reformas. Seu plano para privatizar estatais e cortar gastos desnecessários na máquina pública paulista representa um farol de esperança em meio ao festival de benesses federais. A iniciativa de Tarcísio demonstra uma compreensão profunda de que o Estado não deve ser um empresário, mas um facilitador do ambiente de negócios, promovendo a competição e a eficiência que o setor privado pode oferecer. A história recente de empresas estatais no Brasil é um atestado de ineficiência, cabides de emprego e, em muitos casos, focos de corrupção.
As propostas do Governador Tarcísio de Freitas, focadas na desestatização e na disciplina fiscal, são o caminho para atrair investimentos, gerar empregos reais e não meramente temporários ou eleitoreiros, e liberar recursos para as verdadeiras prioridades do Estado, como segurança pública e infraestrutura de qualidade. A coragem de enfrentar os interesses corporativistas e ideológicos arraigados no setor público é um exemplo a ser seguido por outras esferas de governo que buscam um desenvolvimento sustentável e alinhado aos princípios de liberdade econômica. É a iniciativa privada, desonerada e desburocratizada, que impulsiona a inovação e o progresso social, não o Estado inchado e intervencionista.
A polarização observada na cena política brasileira não é apenas ideológica, mas também metodológica. De um lado, vemos o governo federal, amparado em discursos de “justiça social”, reiterando a aposta em um Estado grande e provedor, que historicamente se mostrou insustentável. De outro, as ações do Judiciário, que em nome da “ordem”, correm o risco de minar as liberdades individuais. Contudo, iniciativas como as do Governador Tarcísio de Freitas, que abraçam a responsabilidade fiscal, a desestatização e a valorização do setor privado, apontam para um futuro onde a prosperidade e a verdadeira ordem social são alcançadas através da disciplina econômica e do respeito às instituições, não da intromissão e do populismo fiscal.
Fonte: Coluna de opinião – Notícia SC
