Ao jornal Estado de São Paulo, o Ministério da Previdência disse que a reunião entre Wolney e Perez ocorreu para tratar de serviços já prestados pela empresa. O empresário deu a mesma versão, dizendo que o encontro tratou de “tema estritamente contratual e administrativo.”
A Provider tem contrato com o governo federal para operar a central de atendimento 135 no INSS. Por R$ 117,7 milhões, a empresa irá prestar o serviço até 2027. O contrato não é novo: a empresa já prestava o mesmo serviço desde 2017. Marinho vê indícios de vantagem indevida na licitação. Ele aponta para dois eventos que ocorreram no mesmo dia (22 de junho de 2023) e em horários parecidos:
“Ao agir dessa forma, o ministro Wolney Queiroz violou os princípios constitucionais da Administração Pública da isonomia, moralidade e impessoalidade, uma vez que permitiu acesso privilegiado a informações a uma empresa licitante que não são de conhecimento público e que levaram a vantagem indevida no certame”, argumentou Marinho. A denúncia aponta o crime de violação de sigilo em licitação e sugere quebra do sigilo de comunicações entre o ex-presidente do INSS e o empresário.
De acordo com o Portal da Transparência, a Provider já recebeu, ao todo, R$ 647 milhões em contratos com o governo federal. O maior deles, de R$ 194 milhões, foi assinado em 2012, durante o governo de Dilma Rousseff, durando até 2017, já na gestão de Michel Temer (MDB).
A Gazeta do Povo entrou em contato com Wolney Queiroz e com a Provider. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Gazeta do Povo
